Exposições Potenciais

Fundamentos da segurança à radiação

A publicação 64 da CIPR, que definições de segurança reportou que não condizem com a radioproteção?

  • Relacionada aos conceitos de proteção e segurança e utilizados para denotar confiabilidade, cautela prudente e ausência de perigo. 
  • Os antigos toxicologistas utilizavam o conceito de dose segura para indicar uma quantidade de substância maléfica que estava abaixo do valor (limiar) em que a toxicidade poderia se manifestar; mas com o conhecimento dos genotóxicos, atualmente admite-se como não havendo limiar para o efeito.
  • Os toxicologistas modificaram o conceito a fim de refletir uma quantidade para a qual a probabilidade de ocorrência dos efeitos tóxicos seja mantida abaixo de um valor prescrito.
  • Os tecnólogos e engenheiros, por outro lado, geralmente usam o termo segurança para denotar prevenção de acidentes.

As medidas preventivas de acidente o que procuram reduzir e o que não consideram?

Procuram reduzir a probabilidade de acidente e não consideram a diminuição do potencial do acidente.

Historicamente, de que tratam as disciplinas de radioproteção e de segurança, de acordo com a publicação 64 da CIPR?

Historicamente, a disciplina da radioproteção trata principalmente da limitação incondicional das doses advindas de exposições “normais” previsíveis de fontes de radiação artificiais, enquanto que a disciplina de “segurança” nuclear trata principalmente da prevenção de acidentes nucleares e, caso estes ocorram, da mitigação de suas consequências por meios tecnológicos ou outros.

Por que, para os propósitos da Publicação 64, a radioproteção e a segurança das fontes de radiação são apresentadas em uma estrutura unificada intitulada “segurança à radiação”?

Porque estas duas partes constituem um regime de controle contínuo que deve cobrir todas as situações de exposição, isto é, tanto exposições normais quanto potenciais em todos os tipos de atividades. Os princípios para a determinação da exposição potencial são igualmente aplicáveis a instalações complexas e as instalações e atividades mais simples, embora a complexidade da aplicação prática possa variar bastante.

Como a publicação 64 da CIPR define o princípio da justificação para as atividades propostas ou em andamento?

Nenhuma atividade que envolve exposição à radiação deve ser adotada, a não ser que reproduza um benefício suficiente aos indivíduos expostos ou à sociedade, para compensar o detrimento provocado por ela. 

Como a publicação 64 da CIPR define o princípio da otimização para as atividades propostas ou em andamento?

A magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de incorrerem em exposições quando não há certeza de que estas sejam recebidas, seriam mantidos tão pequenos quanto racionalmente exequível, levando-se em conta fatores sociais e econômicos. Este procedimento deve estar restrito por vínculos nas doses aos indivíduos (restrições de doses), ou dos riscos aos indivíduos no caso de exposições potenciais (restrições de risco), de modo a limitar a provável iniquidade que pode resultar dos julgamentos sociais e econômicos inerentes.

Como a publicação 64 da CIPR define o princípio da limitação de dose individual e da limitação de risco? Com que finalidade?

A define como resultante da combinação de todas as atividades pertinentes, devendo estar sujeita a limites de dose ou a algum controle de risco, no caso de exposições potenciais e tem por finalidade assegurar que nenhum indivíduo fique exposto aos riscos da radiação considerados inaceitáveis,  advindos destas atividades, em qualquer circunstância normal. 

 

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