Exposições Potenciais

Otimização da segurança à radiação

Por quem é estabelecido o grau de segurança associado a fontes com exposição potencial e o que ele deve refletir?

O grau de segurança associado a fontes com exposição potencial é geralmente estabelecido pelos projetistas ou operadores da instalação e julgado pelas organizações governamentais competentes. Longe de ser um processo direto relacionado somente a aspectos objetivos da segurança para a radiação, a decisão e os processos de julgamentos, na verdade refletem perspectivas culturais, tradições nacionais, valores sociais e atitudes profissionais.

Por que os julgamentos exigidos na otimização das medidas de segurança para a radiação não são puramente quantitativos?

Porque eles refletem as preferências entre detrimentos de diferentes tipos e suas probabilidades de ocorrência e também entre o desdobramento de recursos e o detrimento de radiação, o processo de otimização das medidas de segurança deve, portanto, ser cuidadosamente estruturado.

Que fatores necessariamente deverão ser envolvidos na otimização de situações de exposição potencial?

Deverão ser envolvidos fatores como probabilidade de exposição, a distribuição de riscos, as consequências totais no caso da exposição ocorrer e os esforços de segurança que podem estar aplicados (às vezes expressos em termos dos custos da segurança).

O que deve ser reconhecido na determinação do detrimento total para a otimização de uma situação que apresente a exposição potencial? 

Deve-se reconhecer:

  • que as situações de exposição potencial podem resultar em doses, que produzem efeitos provocados pelas reações do tecido e é necessário considera-se que o risco a estas doses deve ser ponderado de maneira diferente das doses pequenas, que dão origem apenas a efeitos estocásticos;
  • que, por vários motivos, como as diferentes manifestações no tempo dos efeitos e as diferentes percepções do risco envolvido, é possível que, ao se projetar um sistema de segurança à radiação, deva ser aplicada uma ponderação, progressivamente maior  às doses mais elevadas;
  • que é também possível que uma maior ponderação deva ser atribuída a alguns tipos de consequências radiológicas acidentais, como contaminação do solo em grande escala, ou de longa duração. Há o problema de interação de maior ponderação e do deslocamento de riscos e detrimentos da exposição potencial, para a exposição normal, ou da exposição do público, para a exposição laboral e vice-versa.

De acordo com a publicação 64 da CIPR, por que o processo de otimização, tanto em situações de exposição normal, como potencial, pode ir do simples bom senso a complexas técnicas de tomada de decisão, dependendo tanto da complexidade como do problema?

As decisões muito provavelmente envolverão componentes quantitativos e qualitativos. Como os fatores envolvidos podem ter diferentes dimensões, as opções disponíveis podem ter múltiplos atributos com conclusão de difícil determinação. Por isso, deve-se considerar um processo de ajuda para a tomada de decisão, que auxilie na execução, na explicação e na defesa da opção ótima em segurança escolhida.

Quando a tomada de decisão, na otimização da segurança, envolver muitos participantes com interesses diversos e, possivelmente, perspectivas e objetivos sociais diferentes, o que o processo deve garantir, caracterizar e criar?

  • deve garantir que essas decisões sejam alcançadas dentro da estrutura de princípios básicos de radioproteção e os demais princípios pertinentes
  • deve ser caracterizado por uma determinada abordagem concebida com o fim de assegurar coerência e consistência. 
  • deve criar confiança entre as partes interessadas, por meio do livre acesso às informações e ao processo propriamente dito.

 

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