Exposições Potenciais

Técnicas de determinação

Para se determinar se foi alcançado um grau adequado de proteção contra as exposições potenciais existem duas técnicas complementares. Quais são elas?

A primeira e mais antiga é tipicamente chamada de método de determinação determinística. A segunda, desenvolvida mais recentemente, é conhecida como método de determinação probabilística. Os métodos de determinação determinística e probabilística não devem ser vistos como mutuamente excludentes, mas sim como técnicas que se complementam.

Para que são utilizados primordialmente os métodos determinísticos e os probabilísticos?

Os métodos determinísticos muitas vezes são utilizados primeiro para fornecer segurança, com margens de segurança apropriadas em sistemas nos quais são identificados os cenários que produzem a exposição potencial. Os métodos probabilísticos são, então, muitas vezes utilizados para identificar as fragilidades no sistema de segurança que, de outra maneira, poderiam não ser notadas pela abordagem determinística. Tanto em instalações mais complexas como em instalações menos complexas, os dois métodos são necessários para assegurar que é conseguido um grau adequado de proteção às exposições potenciais.

Como são estabelecidos os cenários para os métodos da determinação determinística?

São cenários especificados rigidamente (cenários com base em projetos) em termos de eventos desencadeadores e falhas dos componentes, cuja ocorrência seja prevista. Os cenários são especificados de modo a incluir até os eventos remotamente prováveis.

Como são estimadas as probabilidades para os métodos de determinação probabilística?

Os métodos de determinação probabilística estimam a probabilidade de um conjunto de consequências detrimentais predeterminadas para várias fontes ou atividades, como a operação de uma usina nuclear. Em segurança nuclear, estas análises são geralmente chamadas de determinações probabilísticas de risco (DPR) e determinação probabilística de segurança (DPS).

Como são definidos os efeitos detrimentais para determinação probabilística de segurança (DPS) que tratam das situações de exposição potencial para uma fonte específica?

As DPS que tratam das situações de exposição potencial para uma fonte específica começam definindo os efeitos detrimentais finais para os quais são procuradas estimativas de probabilidade. Estes efeitos detrimentais podem ser especificados, por exemplo, como efeitos à saúde individual e coletiva, mas também podem ser especificados como um certo conjunto de estados de dano potencial para a fonte ou um certo conjunto de termos-fonte potenciais, isto é, a quantidade de materiais radioativos que poderiam ser liberados no caso de um acidente. A seguir, faz-se um mapeamento de todos os eventos iniciadores importantes e sequências de eventos associados que podem levar ao conjunto específico de efeitos detrimentais.

Como o ICRP 64 recomenda o mapeamento das sequências de eventos potenciais para cada evento desencadeador?

As sequências de eventos potenciais são mapeadas para cada evento desencadeador, modelando vias críticas potenciais para o efeito detrimental final, por meio das assim chamadas técnicas de árvores-falha de eventos. Os pontos de ramificação das árvores são probabilidades atribuídas descrevendo a probabilidade de falha em certos sistemas de segurança. O resultado final será tipicamente a estimativa da frequência do conjunto de efeitos detrimentais em andamento, escolhida junto com um conjunto de eventos desencadeadores e sequências que dominam esta sequência de ocorrência. A partir desta frequência estimada, pode ser derivada a probabilidade de ocorrência do conjunto selecionado de efeitos detrimentais em um determinado intervalo de tempo, isto é, um ano ou na duração da atividade, como base para a determinação de risco da exposição potencial.

 

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